quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Algumas coisas nunca mudam


No passado, folheava as revistas Caras, Marie Claire, Contigo e etc.
No passado, fiz um pedido para os consultórios terem wifi ao invés de gastar dinheiro com revistas.
Hoje com o avanço da rede de dados, navego na internet pelo meu celular.

Quanta evolução nestes últimos 14 anos nos consultórios médicos.
Faz uns 4 anos que não frequentava mais as clinicas.
O Gabriel tinha cansado.
E eu também.
E simplesmente abandonamos.

Hoje voltamos ao consultório.
Fazer novas avaliações.
14 anos se passaram.

Novamente, eu sentada no consultório.
A psicóloga chega e diz: Oi, Gabriel. Vamos entrar?
Ouço a porta se fechar.

E continua o mesmo sentimento da primeira vez.
- Será que a consulta será longa?
- Não posso esquecer que semana que vem tenho que avisar para o meu chefe que sairei mais cedo.
- Preciso cortar algum gasto para pagar a avaliação/consulta.
- Tomara que não tenha trânsito na volta.
- Esqueci de tirar algo do freezer, ai... terei que passar em algum lugar antes de voltar para casa.

Somente pais que passam por esta rotina conseguem entender todo este sentimento.
As pessoas acham que é fácil. Mas, imagina toda a semana fazendo esta rotina 1,2,3,4,5 vezes na semana.
Durante 1,2,3,4 meses....
E se multiplicar por anos.
É cansativo demais.

Nana continua a nossa companheira.
Sempre acompanha quando pode.
Não reclama,
Não faz cara feia.
Fica sentada esperando.
Nunca perguntei o que passa na sua cabeça

Gabriel já esta grande.
Podia ir sozinho.
Mas, precisa aprender o caminho.
E se sentir seguro.
Enquanto não aprende,
Nana será a guia.

A única coisa boa de tudo isso.
É que o Gabriel não chora mais para vir.
Não tem birra,
E nem precisa de recompensa no final.
Até a Nana se lembrou que passávamos na Cacau show para comprar chocolate.

Desta vez não passamos para comprar chocolate.
Fomos no cinema e ver Frozen II
E uma das trilhas sonora do filme é: Some things never change (Algumas coisas nunca mudam)
E Anna tem razão.......

“Sim, algumas coisas nunca mudam
Como a sensação da sua mão na minha
Algumas coisas permanecem as mesmas


De sempre caminharmos juntos não importa o quão longe seja.




sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Vem 2020


Escrevi e reescrevi diversas vezes este post.
Mas, um sentimento de vergonha, de derrota consumia dentro de mim.

Ontem eu li um post da lagarta vira pupa, e percebi que eu não era a única ter este sentimento.
Então finalmente hoje eu consegui concluir o post......

Passei um final de ano diferente.
Passei um fim de ano com muitos jovens.
Ver a alegria, a animação deles eram contagiantes.
Olhar todos se divertindo,
Todos se ajudando
E, principalmente ver alguns jovens crescerem, era gratificante.

As lágrimas caíram.
Disfarcei
E contive o choro
A tristeza bateu.

Lembrei do meu filho idealizado.
E pensei.......
Será que o meu filho imaginado seria assim?
Independente, confiante e feliz?
Olhar para aqueles meninos, era como se cada um, fosse uma parte do meu filho que não chegou.

Enxuguei as lágrimas com os dedos.
Respirei fundo
Era virada do ano novo.
E o Gabriel estava ansioso para estourar a sua primeira garrafa de champanhe.
Ficou preocupado de não saber estourar.
Consultou diversas vezes o amigo.
E perguntava toda hora se já era hora de estourar.

O meu filho idealizado não chegou.
Mas, ganhei um novo, que trouxe de bagagem diversos amigos que nos ajudam a crescer, aprender e evoluir a cada dia.

Um enorme obrigado aos meninos*
Que sempre estão nos ajudando, incentivando e apoiando o Gabriel.
Sem vocês não conseguiríamos ter toda esta habilidade social.
E que venha 2020 com novos sonhos e esperanças!

PS.: meninos é uma forma carinhosa de falar, já são todos barbados, mas para mim sempre serão meninos.