Quando o filho
nasce, a gente pensa:
- Será que ele vai
ser médico? Engenheiro? Presidente?
Sempre pensamos em
grande profissões.
E desejamos que o
nosso filho seja o mais
inteligente da sala.
Mas, o que define a
inteligencia?
Tirar boas notas? Ter QI alto?
Esta semana eu recebi uma mensagem
sobre: Afinal, o que é inteligência? (texto abaixo).
E depois de ler o
texto, eu percebi que estou no caminho certo, o Gabriel precisa apenas encontrar onde esta a sua inteligência.........
Gabriel: Mãe, eu
não sei o que eu serei quando crescer.
Eu: Você pode
escolher qualquer coisa.
Gabriel: Mas, não
sou bom em nada.
Eu: Você é bom em
matemática. Faz conta de cabeça.
Gabriel: Mas, eu
nem sei resolver os problemas, não adianta só saber fazer a conta.
Eu: Não existe
apenas a profissão de professor, médico, engenheiro. Existem diversas
profissões, tem gente que cuida do carro, do cachorro e da planta. Tem o vendedor,
o cozinheiro.
Gabriel: Mas, você
não deixa eu cozinhar.
Eu: Lógico, você
quer começar cortando a carne, já falei que primeiro aprende a lavar a louça.
Gabriel: E você
acha que um cozinheiro lava a louça.
Eu: Todos começam
de baixo Gabriel, ninguém começa como presidente de uma empresa.
Gabriel: Para ser
presidente você precisa receber votos do povo.
Eu: Não é
presidente do Brasil, eu estou falando de presidente de empresa.
Gabriel: Ué? Tem
mais presidente no Brasil, achei que era só a Dilma.
Eu: Não, agora o
presidente é o Temer. E existe presidente em empresas também.
Gabriel: Eu sei que
tem outros presidentes também, tem o Trump, é o presidente dos EUA. Eu só não
sei quem é o presidente do Japão, você sabe?
Eu: Lá é uma
monarquia. É rei e rainha.
Gabriel: Quem nasce
rei, tem muita sorte, mora em um castelo, tem um exército para lutar,
cavalos......
Eu: Gabriel isso é
só em filmes.
Gabriel: Não mãe!
Você não aprendeu no livro de história, sobre os feudos, sobre os reis, credo
mãe, você não é esperta.
“E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma
razão nisso tudo” .....
kkkkkkk
Afinal, o que é
inteligência? - Por Isaac Asimov
Quando eu estava no
exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui
160 pontos. A média era 100. Ninguém na base tinha visto uma nota
dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal. (Não significou nada –
no dia seguinte eu ainda era um soldado raso, tendo o gerenciamento da cozinha
como minha tarefa mais importante).
Durante toda minha
vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era
realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também
achavam isso.
Porém, na verdade,
será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder
um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas
pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm
uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu
conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que
não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais
inteligente que ele.
Mas, quando
acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um
jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a
situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem
oráculos divinos. No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se
esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico.
Ou por um
carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses
testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria
mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu
não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as
palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar
alguma coisa complicada eu me daria muito mal.
A minha
inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por
uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o
meu mecânico, mais uma vez.
Ele adorava contar
piadas.
Certa vez ele
levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um
surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou
dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a
outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele
balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos
no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho
que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma
tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha
mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
“Mas você é muito
burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir”
Enquanto meu
mecânico gargalhava, ele ainda falou:
“Tô fazendo essa
pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?”
perguntei esperançoso.
“Alguns. Mas com você
eu tinha certeza absoluta que ia funcionar”.
“Ah é? Por quê?”
“Porque você tem
muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto”
E algo dentro de
mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.