Mês
internacional da Prevenção do Suicídio
Eu
achei que nunca passaria por isso.
Quanta
ingenuidade.
O
Gabriel sempre teve autoestima baixa.
Quando
tinha uns 7 anos, entrou em depressão.
Chorava,
não comia e não queria sair de casa.
Com
o tempo.
Com
a terapia
Com
o esporte
Com
o apoio da família e dos amigos.
Colocamos
o sorriso no rosto.
Mas,
algum tempo atrás, o Gabriel disse:
Eu
estou cansado.
Cansado
de fingir que estou bem.
Cansado
de sorrir.
Cansado
de tentar e não conseguir.
Se
eu pular de uma ponte
Ou
se eu pular de um prédio.
Ficarei
livre.
Livre
para voar
E
ser feliz.
Estudos
dizem que crianças com dificuldades leves são mais favoráveis a cometer
suicídio.
Um
dos fatores que eles indicam é que eles têm a cobrança de terem uma atitude
dentro da “normalidade”.
Esta
cobrança que sociedade impõe
São
terríveis para eles.
Por
mais resiliência ou persistência,
Uma
hora eles cansam
Uma
hora eles desistem.
Eu
não pensei em escrever este texto.
Porque
acaba expondo o Gabriel
Mas,
achei melhor compartilhar a informação
E
ficar de alerta para todos os pais ou amigos.
As
vezes um sorriso no rosto,
Nem
sempre é a verdade.
No
fundo,
No
fundo.....
Eles
se sentem sozinhos.
Se
sentem incompreendidos.
Precisam
de alguém para desabafar
E
que escutem sem julgar
Eu
li em uma frase assim:
“A
pior parte de ir para o psicólogo é você saber que precisa pagar para alguém te
ouvir, porque ninguém mais quer fazer isso”
Em
algum lugar do meu subconsciente sabia que o Gabriel continuava meio depressivo.
Mas,
NUNCA, JAMAIS, pensei que o suicido fizesse parte do pensamento dele.