O
carnaval acabou e começamos o ano de vinte vinte.
O nosso
plano A era o Gabriel entrar na faculdade, não deu.
O
nosso plano B era o Gabriel fazer um curso técnico de veterinária. Ele adora animais,
e acreditávamos ele adoraria. Fizemos até a matrícula.
Mas,
um dia o Gabriel acordou e disse:
-
Mãe, eu posso fazer um cursinho e tentar uma faculdade?
Eu expliquei
que um curso técnico seria melhor porque ele poderia estudar e logo em seguida
aplicar na prática.
Entretanto,
o Gabriel argumentou que ele queria ter uma oportunidade de tentar uma faculdade.
Então,
fomos para o C, C de cursinho.
O Gabriel
estava super animado em começar.
Todos
os dias perguntava se eu tinha feito a matrícula.
Ontem,
levei para fazer a matrícula, assinar o contrato (meu menino cresceu) e principalmente
aprender o caminho novo.
Perguntei
no cursinho se eles tinham coordenador pedagógico e seria possível conversar
com o responsável.
Cheguei
na sala do coordenador, e ele surpreso perguntou o que ele poderia ser ajudar.
Eu comecei
falando da dificuldade do Gabriel.
Eu
disse que sabia que agora seria um mundo novo, que não teria professor para dar
atenção, coordenador de prontidão, não teria nenhuma regalia, e que só dependia
dele.
Entretanto,
agora no início, se eles podiam dar um apoio para compreender este novo mundo,
coisas simples como: onde era a sala de aula, se tinha que mudar de sala, sobre
o intervalo, o que poderia ou não fazer, onde pegaria o material. Pois, ele não
teria ninguém conhecido para dar um toque.
O coordenador
foi solicito e disse que o Gabriel poderia procurá-lo quando precisasse. Até
conversou com o Gabriel o que ele gostaria de fazer. Como o Gabriel não sabia,
ele disse que juntos encontrariam um caminho.
Enfim.......
eu sai de lá com uma promessa de ajuda, vamos ver na prática se vai funcionar*.
O Gabriel
saiu de lá, com dúvidas. Acredito que ontem que caiu a ficha que mundo será
totalmente novo. Com novos amigos e novo sistema.
Não
teria a irmã para ajudar este início e não teria os velhos amigos da escola
para falar: vamos Gabriel.
Nana,
a nossa companheira de sempre, percebeu
a insegurança e falou para o Gabriel, vamos conhecer o lugar. E os dois entraram
no cursinho. Mas, ontem não tinha aula, era quarta-feira de cinzas.
Nana
fará falta neste começo, afinal de contas, ela sempre foi o ponta pé inicial em
tudo que o Gabriel começou, ela é um porto seguro, mas, chegou a hora do barco navegar
sozinho este mundão.
Não
sei se a opção C é o correto.
Mas,
deixaremos o barco seguir o seu rumo.
O
barco é a vela, navegará devagar, pegará tempestade no seu caminho, mas terão
dias de muito sol e calmaria.
Levante
as âncoras e ice as velas.
Confie
Capitão Gabriel
Faça
uma boa viagem!
*Quem
esta nesta vida há muitos anos, sempre ouve muito discurso lindo, da promessa
em ajudar, de fazer e acontecer, mas na prática são poucos que realmente tentam
incluir e ajudar. Mas, bora acreditar......