quarta-feira, 3 de abril de 2013

Infância

A infância do Gabriel foi sempre no 220 V, ele não parava um minuto sequer. Lembro que toda vez que eu saia com ele em algum lugar, sempre tinha alguém falando: acho que o seu filho esta fugindo! Era só piscar o olho que ele sumia de vista.

O Gabriel foi para escola aos 6 meses de idade e ficava o dia inteiro. Ele era bem bagunceiro na escola, aprontava muito. Não conseguia ficar sentado, vivia zanzando de um lado para o outro. Mas, ele não falava muito e quando falava, eram palavras soltas, não formava uma frase. A escola dizia que ele era um pouco imatura, mas que logo mudaria este cenário.

Aos 4 anos, a diretora da escola me chamou e disse que o Gabriel estava um pouco atrasado na fala. Então começamos a fazer a terapia com a fono,  mas parecia que não tinha muito resultado. Quando ele começou a ser alfabetizado aos 5 anos, no método construtivista, ele não conseguia a aprender. Tanto que a escola disse: Cris, o Gabriel terá que repetir de ano, ele não sabe ler ainda. E eu: como uma criança repete o pré?!!? Fiquei inconformada com a situação e a minha mãe também.

Nas férias de dezembro, a bathian (avó) ficou inconformada do Gabriel não aprender e resolveu ensiná-lo, pediu para minha cunhada comprar o livro caminho suave no interior, porque aqui em SP não se vendia o livro, e com muita paciência falava: b com a = BA, b com e = BE e assim por diante. Até conseguiu alfabetizar o Gabriel, com muita luta, muitas brigas, muito estress, mas finalmente ele começou a ler: bola, casa, bota, caixa, bolacha

Alfabetizar era apenas o fiozinho de todos os problemas que viriam a seguir.

Um comentário:

  1. Oi Cristiane, eu voltei o meu filho no infantil 5. Foi bom para ele. Mas incrível como as histórias são parecidas !

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