O Gabriel foi para escola aos 6 meses de idade e ficava o dia
inteiro. Ele era bem bagunceiro na escola, aprontava muito. Não conseguia ficar
sentado, vivia zanzando de um lado para o outro. Mas, ele não falava muito e
quando falava, eram palavras soltas, não formava uma frase. A escola dizia que
ele era um pouco imatura, mas que logo mudaria este cenário.
Aos 4 anos, a diretora da escola me chamou e disse que o
Gabriel estava um pouco atrasado na fala. Então começamos a fazer a terapia com
a fono, mas parecia que não tinha muito
resultado. Quando ele começou a ser alfabetizado aos 5 anos, no método
construtivista, ele não conseguia a aprender. Tanto que a escola disse: Cris, o
Gabriel terá que repetir de ano, ele não sabe ler ainda. E eu: como uma criança
repete o pré?!!? Fiquei inconformada com a situação e a minha mãe também.
Nas férias de dezembro, a bathian (avó) ficou inconformada
do Gabriel não aprender e resolveu ensiná-lo, pediu para minha cunhada
comprar o livro caminho suave no interior, porque aqui em SP não se vendia o
livro, e com muita paciência falava: b com a = BA, b com e = BE e assim por
diante. Até conseguiu alfabetizar o Gabriel, com muita luta, muitas brigas,
muito estress, mas finalmente ele começou a ler: bola, casa, bota, caixa,
bolacha
Alfabetizar era apenas o fiozinho de todos os problemas que
viriam a seguir.
Oi Cristiane, eu voltei o meu filho no infantil 5. Foi bom para ele. Mas incrível como as histórias são parecidas !
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