Todo dia eu pergunto para o Gabriel: Como foi a escola?
E ele responde: Bem.
Eu: E o que você fez?
Gabriel: Estudei
Eu: E o que você aprendeu? Brincou? Jogou?
Gabriel: Não sei. Não me lembro.
E assim termina o assunto.
Sempre resposta superficial e sem nada acrescentar.
Tem dia ele deixa escapar uma história, ele diz uma coisa a mais, e
ontem foi este dia.
Gabriel: Hoje, eu fiz trabalho em grupo sobre a mitologia
grega.
Eu: Que legal!! E com quem você fez?
Gabriel: Com fulano e sicrano.
Eu: E quem escolhe o grupo? A professora?
Gabriel: Não, cada um escolhe o seu grupo.
Eu: E você fez com os seus amigos?
Gabriel: Não, mãe. Eu sempre espero os grupos se formarem.
Eu: Como assim? Você não escolhe? Você não disse que pode
escolher?
Gabriel: Eu espero o grupo se formar, ai a professora me
coloca em um grupo.
Eu: E por que você não escolhe?
Gabriel: Porque ninguém quer fazer comigo, então, espero a
professora falar para onde tenho que ir.
Olho para ele, paro, fico com raiva, dói ouvir e machuca. Suspiro. E penso, o que vou falar?
Gabriel olha para mim e diz: Tudo bem mãe. Eu não fico mais
triste, eu me viro.
Cris já passei por isto. Até chorei ao recordar. Mas briguei muito na escola para evitar este tipo de situação. A escola e os professores são responsáveis devem buscar soluções para que nossos filhos esteja integrados e não separados.
ResponderExcluirEngraçado que meu Gabriel também falava frases do tipo :"não ligo mãe. Não tô triste."
Doi tanto, né? Ainda dói quando ele diz que algo não machuca......
ExcluirDoi tanto, né? Ainda dói quando ele diz que algo não machuca......
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