O que me irrita é a piada insistente.
Muitas pessoas não tem noção quando parar.
Quando adulto faz isso com uma criança,
Se torna mais sem noção ainda.
E quando isso envolve o Gabriel, que ódio que dá.
Se torna mais sem noção ainda.
E quando isso envolve o Gabriel, que ódio que dá.
Eu penso: Vou lá e falar para pessoa parar. Que já perdeu a
graça.
Mas, na hora penso também: Não posso viver protegendo o Gabriel, ele precisa aprender a ignorar.
Mas, na hora penso também: Não posso viver protegendo o Gabriel, ele precisa aprender a ignorar.
O Gabriel troca as letras, muitas vezes sem perceber que
esta trocando.
Ele não entende muito uma piada*, então, muitas vezes, ele
nem percebe que estão tirando o sarro dele.
Ficamos hospedados em um clube por 3 dias, e nestes 3 dias,
o homem, que era o dono da lanchonete ficou tirando o sarro do Gabriel.
Eu acredito que no último três dias ele percebeu, tanto que
ele não queria mais entrar na lanchonete.
As cenas foram assim:
Gabriel: Xuco, xuco, quero xuco.
Homem da lanchonete: Xuco! Você quer xuco?
Gabriel: Sim, xuco lalanja.
Homem da lanchonete: Xuco lalanja para o galoto.
Na hora me deu uma raiva. Mas, deixei para lá, o Gabriel não
percebeu.
Depois de algumas horas o Gabriel estava na lanchonete e o
moço pergunta: Você quer xuco lalaranja, galoto?
Gabriel: Não. Quero batata.
Toda hora que o Gabriel entrava era a mesma coisa: você quer
xuco?
Juro que em vários momentos tive vontade de dar um soco
no idiota.
no idiota.
Ficou os três dias que estivemos lá, falando para o Gabriel,
se ele queria o xuco.
Devia ter falado!
Devia ter dado um soco no idiota.
O dia a dia podia ser mais fácil, se as pessoas tivessem mais sensibilidade.
Devia ter dado um soco no idiota.
O dia a dia podia ser mais fácil, se as pessoas tivessem mais sensibilidade.
*Crianças com DPAC tem dificuldade em entender expressões com duplo sentido, piadas ou idéias abstratas.
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