Não faz parte do “padrão” da sociedade.
E também não é considerada
uma criança inclusiva.
E ficar no meio do caminho é ser esquecido.
É não fazer parte de nenhum lado e nem do outro.
Para governo estas crianças tem apenas uma dificuldade. E
deu um rótulo, uma sopa de letrinhas (TDA, THDA, DA, DPAC e etc).
Para sociedade é mais um caso de criança rotulada. Onde acreditam
que os pais utilizam como desculpa pelo mal comportamento ou por não conseguir acompanhar a turma.
Estas crianças rotuladas enfrentam muito obstáculos e desafios.
E precisam de ajuda de profissionais para o crescimento.
E principalmente da ajuda da sociedade para aceitá-lo do
jeito que são.
Hoje o Gabriel fala, expressa e se
comporta melhor.
Mas, para ele chegar onde chegou, foi um processo longo e
que investimos muito tempo.
Desde os 4 anos o Gabriel faz fono.
Aos 6 anos, Gabriel continuava na fono e foi para psicóloga.
Hoje, aos 12 anos, o Gabriel continua na fono.
Já a psicóloga ele faz um tempo, para e depois volta.
A psicopedagoga ele fez por dois anos e hoje não mais.
Ele poderia ter se desenvolvido muito mais.
Mas, por falta de recursos financeiros precisamos optar por
qual terapia que é prioridade no momento.
Se o governo investisse no desenvolvimento destas crianças,
com certeza a evolução seria mais rápida.
Estas crianças no meio caminho são capazes.
Só precisamos que todos acreditem na potencialidade e dê uma
chance.
E mesmo Cristiane o meu filho já foi taxado na escola varias vezes de preguiçoso pelas professores
ResponderExcluirE eu sempre brigando e procurando explicar que não e bem assim, só que eu cansei e nos passamos a brigar com escola pelos seus direitos que ate então não estavam sendo respeitados.
Realmente Karla, as pessoas não entendem as dificuldades. Por mais que a gente explica, eles não compreendem. Um dia muda ou melhor vamos mudar.
ExcluirEle não ficou no meio do caminho, ele vai encontrar o seu próprio caminho.
ResponderExcluirOi, Wellington. Eu espero que sim. Torço muito. obrigado pela força.
ExcluirÉ exatamento o que sinto. No meio do caminho 😢
ResponderExcluirUm dia mudaremos esta historia, e não deixaremos mais ninguém no meio do caminho.
ExcluirMinha filha tem 7 anos - fará 8 em outubro - e foi diagnosticada com DPAC apenas nesse ano (diagnóstico e início da terapia no segundo semestre, mas acompanha com psicopedagoga desde Janeiro). O irmão (9 anos) não tem DPAC - embora tenha algumas questões fonoaudiológicas para resolver também - mas tem uma deficiência muito grande em compreensão de texto e construção de vocabulário.
ResponderExcluirAgora imagine uma criança que - além de DPAC não diagnosticado - foi negligenciada, retirada da família biológica, ficou sob tutela do estado dos 2,5 aos 7 anos, tem auto estima baixa e acabou criando uma "casquinha" de mau humor, impaciência e agressividade como defesa (além da desistência rápida). Pior é que ela fazia acompanhamento de saúde mental e ninguém nunca ligou todos esses problemas com dificuldade de aprendizado e compreensão do mundo; inclusive a psicóloga colocou em um laudo que ela tinha atitudes "iguais à mãe biológica" (com a qual ela quase não teve contato nos últimos 5 anos), claramente a rotulando. Assim como ela foi rotulada pela escola pública em que estudava como "criança do abrigo" e que, portanto, "tinha problemas" (sem nenhum esforço por descobrir o que mais poderia estar ali além da questão o abandono e o que poderia ser feito para resolver). E uma omissão por parte do abrigo em também ver algo além.
Com muito trabalho - e muita diferença desde que iniciou treino auditivo e terapia fonoaudiológica - hoje ela lê palavras com duas sílabas simples e está arriscando começar a escrever. Silabas complexas ou palavras com mais de três ainda são um trabalho hercúleo, assim como a construção do vocabulário. Mesmo assim tenho que enfrentar quase que diariamente crises de pânico, mau humor e birra quando ela sente dificuldade na lição de casa (isso porque já decidimos pela retenção agora no segundo ano e a professora envia lições da primeira série para ela)...
Mencionei tudo isso apenas pra ressaltar que mesmo quando a criança está sob guarda direta do estado, cercada de profissionais (psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, etc), o diagnóstico ainda é muito difícil.
Realmente seria interessante uma ONG ou uma campanha bem direcionada pra aumentar o conhecimento sobre o assunto.
Renata, que triste. Fico muito triste quando acontece estas coisas. Pagamos tantos impostos e ninguém ajuda estas crianças. Eles só precisam de um apoio, de um caminho. Fico feliz que a sua filha esta melhorando e apendendo. O caminho é duro, mas tenho certeza que vocês terão um monte de historias para contar. beijos
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