Onde as pessoas
são felizes e amadas.
Onde se prega uma
sociedade mais justa
Livre de preconceito e com respeito ao próximo.
Na escola das crianças, todo mês de junho, eles fazem “olimpíadas” e cada sala tem uma cor de camiseta para os jogos.
Há uns 15 dias
atrás o Gabriel voltou da escola trazendo uma novidade.
Gabriel: Mãe, advinha
qual é a cor da minha sala?
Eu: Azul? Verde? Amarelo?
Gabriel: Não. É rosa,
mãe! ROSA!
Eu: Tudo bem
Gabriel, rosa é apenas uma cor.
Gabriel: Rosa é cor de menina mãe. Que droga.
Eu: Hoje em dia
os homens usa rosa, o seu pai tem uma camiseta rosa, a cor não define uma pessoa.
Gabriel: É? Posso
usar Rosa?
Eu: Pode Gabriel,
definir cor é preconceito.
Nath: É Gabriel,
homem pode usar rosa. Mãe, a minha camiseta é branca e pedi o numero 13 para
ficar igual do beisebol.
Eu: Que legal! E
você, Gabriel, qual é o número?
Gabriel: 24
Eu: 24? Porque
24?
Gabriel: Eu não
sei, os meus amigos disseram que eu tinha que ser o 24.
Parei
E pensei:
camiseta rosa e 24.
E agora? O que eu
faço? Reclamo? Falo algo?
Mas, acabei de
falar que a cor não define uma pessoa, como posso falar do número?
Que droga! Estes meninos
fizeram sacanagem.
Paciência! Respira fundo! São crianças e foi uma molecagem.
Eu: Será que não
pode mudar para o 37, o numero da sua camiseta de beisebol?
Gabriel: Não, mãe.
Os meus amigos disseram que o eu tinha ser o 24. Eles já escolheram. É só um número.
Passou uns dias,
e o Gabriel trouxe a camiseta para casa.
Gabriel: Mãe,
olha a minha camiseta.
Eu: Ué? Você não
era o 24? Porque você trouxe a 45?
Gabriel: Sei lá,
mamãe. A professora disse para o meu amigo dar outro número para mim. Então,
ele deu esta.
Ainda bem que a
professora interviu na situação.
Porque acredito
que ele seria piada da escola.
E ficaria muito
triste com os “seus amigos” quando percebesse do ocorrido.
A vida real é
dura.
É feia, é triste.
Dá vontade de
sumir.
Mas, as vezes aparece anjos no meio do caminho que fazem você continuar o seu caminho.