Não sou médica
Não sou especialista
Sou apenas uma mãe
E na minha aventura com o Gabriel
Percebo que o DPAC não tem cura e sim uma melhora.
Uma explicação rápida de DPAC:
A pessoa que tem o DPAC não tem o fio que liga o ouvido com
o cérebro.
Logo, a pessoa escuta, mas não entende o que foi dito.
E o que a fonoaudióloga faz?
Exercita o cérebro abrir uma via, um caminho.
Para que a criança possa processar as informações.
Uma vez aberto esta estrada, existe cura?
Pode ser que quando o grau de dificuldade é baixo, exista sim.
Para que a criança possa processar as informações.
Uma vez aberto esta estrada, existe cura?
Pode ser que quando o grau de dificuldade é baixo, exista sim.
Já no caso do Gabriel que é moderado para alto, não existe.
Se ele não exercitar este caminho constantemente, esta via vai se fechando.
Porque eu estou dizendo isso?
O Gabriel no começo deste ano disse: “Mãe, estou cansado de
fazer fono. Eu estou bem. Confia em mim”.
Depois de 09 anos fazendo fono, achei que poderia dar estas
férias para o Gabriel.
Afinal de contas, ele estava bem.
Falava direito.
Entendia tudo.
Então, vamos parar.
E depois de 9 meses sem fono, percebo regressão no
Gabriel:
- A fala mais infantilizado
- Dificuldade na solicitação de duas ordens ao mesmo tempo
- E voltou a ter as trocas nas palavras.
- A fala mais infantilizado
- Dificuldade na solicitação de duas ordens ao mesmo tempo
- E voltou a ter as trocas nas palavras.
Cena 1
Eu: Gabriel, leva os copos para cozinha e aproveita e desce
o lixo.
Gabriel: tá bom.
Gabriel vai para cozinha sem os copos, e sai com o saco de
lixo da cozinha.
Eu: Gabriel, porque você não levou os copos para cozinha?
Gabriel: Uê? Você não pediu? Mandou eu levar o lixo.
Eu: Eu pedi para levar os copos e depois levar o lixo.
Gabriel: Ehhh, mãe, você só faz confusão. Agora vou levar o
lixo.
Cena 2
Gabriel: Mãe estou com galo.
Eu: Galo? Galo onde?
Gabriel: Na mão.
Eu: Não, Gabriel, é calo que se fala.
Gabriel: E o que eu disse?
Eu: Galo com G e é Calo com C.
Gabriel: Calo, calo, calo, galo, galo, galo.
Eu: Olha aí você falou galo de novo.
Gabriel: Falar galo é muito complicado.
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