O DPAC esta na mesma categoria de pessoas com deficiência auditiva.
Sinceramente, eu
não concordo porque crianças com DPAC não tem problemas de audição e sim na
compreensão das palavras que acaba afetando outras áreas cognitivas.
Enfim, o post é
de hoje é para falar que eu fiquei muito emocionada da primeira dama Michele falar
com a linguagem de sinais.
Pode ser uma
jogada política,
Pode ser
marketing,
Pode ser qualquer
coisa.
Mas, para quem é
diferente.
Ver alguém te
representando,
É sentir
acolhido,
É fazer parte de
um mundo.
É se
identificar.
O DPAC tem uma curiosidade.
As famílias que
tem crianças com DPAC não se identificam.
Não falam.
Não comentam.
Ganhamos mais
apoio das pessoas “normais”
Do que de famílias
que tem crianças com dificuldades.
Pode ser por
preconceito.
Pode ser por
vergonha.
Pode ser porque
quando se é grau leve, a “cura” vem rápido.
Enfim, quase a
grande maioria preferem o anonimato.
Mas, se a gente
não divulgar,
Não falar,
Como vamos
ajudar?
Como se sentem
estas crianças?
Gabriel: Mãe, eu
não gosto que você fala sobre minha vida no blog.
Eu: Porque?
Gabriel: Porque
eu não gosto de ser diferente.
Eu: Todos nós
somos diferentes, você tem apenas uma forma de pensar diferente de todos nós.
Gabriel: Mas, eu
não gosto. Eu sou o único assim
Eu: Não. Você
não é o único. Existem um monte de crianças que tem o DPAC ou outras dificuldades.
Gabriel: Tem
gente igual eu?
Eu: Sim. Gabriel.
Tem muitas e muitas que nem sabem que tem alguma dificuldade. Por isso é muito
importante a gente divulgar as informações, compartilhar as dificuldades e
conquistas. Assim, o preconceito diminui. E ajudamos outras crianças a não se
sentirem só.
Gabriel: Então,
eu deixo você falar. Porque é muito triste ter a sensação de ser o único estranho.
E o Gabriel foi
andando para o quarto.
Eu: Gabriel!
Sabe o Chaves? Eu acho que ele tem DPAC também.
Gabriel: Você
acha?
Eu: Sim. Vocês
são muito parecidos.
Gabriel: Eu
gosto dele. Mas, ninguém gosta dele.
Eu: Gostam sim.
Só que brigam com ele.
Gabriel: Ninguém
tem paciência com ele.
Eu: Pode ser que
o escritor, criou o Chaves para falar sobre o dia a dia de uma criança que
pensa diferente. Para as crianças se identificarem e não sentirem só.
Gabriel: Será
que as pessoas me acham divertido igual ao Chaves?
Eu: Não sei.
Mas, que todos perdem a paciência com você, pode ter certeza.
Gabriel:
Verdade. Ninguém tem paciência comigo. Nem a Nana.
Eu: Tadinha da
Nana. Faz tudo para você.
Gabriel: Faz. Mas,
ela não tem paciência.
Quem sabe um dia
o Gabriel consegue falar como realmente vê o mundo......
Com certeza seu blog ajuda muita gente Cris!
ResponderExcluirParabéns!
E que legal que o Gabriel enxerga isso!
:)
Adoro as coisas que vc conta sobre o Gabriel. Nunca tinha pensado no Chaves como vc falou, e realmente tendo a conxlrdac com vc. Minha filha, a Manu, tb tem DPAC e, assim como o Gabriel, não gosta de ser diferente. Mas acredito que eles vêm ao mundo pra nos ensinar várias formas de amor, de entendimento, aceitação... Todo dia é um aprendizado!
ResponderExcluirAhhh e tb me emocionei com o discurso da primeira dama, só quem passa por isso entende. Bjo 💕
DPAC e dislexia não são distúrbios só de crianças. Adolescentes e adultos também possuem esses distúrbios.
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