terça-feira, 30 de junho de 2015

A vida não é facebook.

Onde as pessoas são felizes e amadas.
Onde se prega uma sociedade mais justa
Livre de preconceito e com respeito ao próximo.

Na escola das crianças, todo mês de junho, eles fazem “olimpíadas” e cada sala tem uma cor de camiseta para os jogos.
Há uns 15 dias atrás o Gabriel voltou da escola trazendo uma novidade.

Gabriel: Mãe, advinha qual é a cor da minha sala?
Eu: Azul? Verde? Amarelo?
Gabriel: Não. É rosa, mãe! ROSA!
Eu: Tudo bem Gabriel, rosa é apenas uma cor.
Gabriel: Rosa é cor de menina mãe. Que droga.
Eu: Hoje em dia os homens usa rosa, o seu pai tem uma camiseta rosa, a cor não define uma pessoa.
Gabriel: É? Posso usar Rosa?
Eu: Pode Gabriel, definir cor é preconceito.
Nath: É Gabriel, homem pode usar rosa. Mãe, a minha camiseta é branca e pedi o numero 13 para ficar igual do beisebol.
Eu: Que legal! E você, Gabriel, qual é o número?
Gabriel: 24
Eu: 24? Porque 24?
Gabriel: Eu não sei, os meus amigos disseram que eu tinha que ser o 24.

Parei
E pensei: camiseta rosa e 24.
E agora? O que eu faço? Reclamo? Falo algo?
Mas, acabei de falar que a cor não define uma pessoa, como posso falar do número?
Que droga! Estes meninos fizeram sacanagem.
Paciência! Respira fundo! São crianças e foi uma molecagem.

Eu: Será que não pode mudar para o 37, o numero da sua camiseta de beisebol?
Gabriel: Não, mãe. Os meus amigos disseram que o eu tinha ser o 24. Eles já escolheram. É só um número.

Passou uns dias, e o Gabriel trouxe a camiseta para casa.

Gabriel: Mãe, olha a minha camiseta.
Eu: Ué? Você não era o 24? Porque você trouxe a 45?
Gabriel: Sei lá, mamãe. A professora disse para o meu amigo dar outro número para mim. Então, ele deu esta.

Ainda bem que a professora interviu na situação.
Porque acredito que ele seria piada da escola.
E ficaria muito triste com os “seus amigos” quando percebesse do ocorrido.

A vida real é dura.
É feia, é triste.
Dá vontade de sumir.
Mas, as vezes aparece anjos no meio do caminho que fazem você continuar o seu caminho.


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