terça-feira, 29 de março de 2016

O que eu tenho?

Com a campanha dos Biscoitos, Camelo Mamãe?!
O Gabriel veio questionar o que ele tem.

Ele nunca perguntou.
Nós nunca dissemos que ele tinha DPAC.

Gabriel: Mãe, eu tenho uma doença?
Eu: Não, você tem uma dificuldade de escutar e não entender.
Gabriel: Como assim? Eu escuto tudo.
Eu: Não é escutar, é entender. As vezes, você não fica: heim? Que? Como?
Gabriel: Também vocês não falam direito.
Eu: Nós falamos direito, mas você que não compreende.
Gabriel: Ah, tá bom.

E foi embora sem entender o que eu falei.
Passaram uns 5 minutos e o Gabriel grita.

Gabriel: Mamãe, você vai na vovó?
Eu: Posso passar.
Gabriel: O que?
Eu: Posso passar.
Gabriel: Nana, o que a mamãe falou?
Nana: Que ela pode passar.
Gabriel: O que?
Nana: Que ela pode passar.
Gabriel: Passar onde?
Nana: ELA VAI NA VOVÓ
Gabriel: Nossa, não precisa ser grossa.
Nana: Você não entende.
Gabriel: Lógico que eu entendo, vocês que ficam falando passar, passar. Era só falar: eu vou. Simples assim. 

É Gabriel.
A vida é simples.
Não sei o porque precisamos de um vocabulário tão grande para dizer a mesma coisa.
Para que complicar tudo, né?
É por isso que o blog levou o sub titulo: As aventuras de quem escuta e não compreende. 

Explicar o mundo para você é sempre uma grande aventura.



segunda-feira, 7 de março de 2016

Lesson 2 - CRY

Será um grande desafio o Gabriel aprender inglês.
Então, optamos por colocá-lo no kumon.
Assim ele faria no seu ritmo.

Outro dia o Gabriel voltou para casa muito feliz.
Gabriel: Mamãe!!! Você sabe falar chorar em inglês?
Eu: Não.
Gabriel: Quai.
Eu: O que?
Gabriel: Foi a Nana que ensinou.

NATHALIA HIGASHI!!!! VENHA AQUI!!!!

Nana: Então..... deixa eu contar a história......tudo começou assim....
O Gabriel voltou do Kumon triste.
Dizendo que não conseguia falar chorar em inglês.
Eu fui ajudá-lo.

Nana: Gabriel fala CRY
Gabriel: Tai
Nana: Não, Gabriel, fala: cri
Gabriel: Tri
Nana: Não é Tri. Fala: cra, cre, cri, cro e cru.
Gabriel: tra, Tre, tri, tro, tru.
Nana: Não é tra é Cra, cre, cri, ah... já sei... fala criança.
Gabriel: Criança.
Nana: Agora fala Cri
Gabriel: Tri
Nana: Não é tri, é cri. Você não falou criança?!? Agora é só falar a primeira palavra, assim: Criança, cri
Gabriel: Criança, Tri.
Nana: Não é Tri, é cri.
Gabriel: E o que eu falei?
Nana: Tri
Gabriel: Sério? É muito difícil isso. Nunca conseguirei falar tai. (quase chorando)
Nana: Já sei, então, você pode falar de uma outra maneira, fala: quai.
Gabriel: Quai.
Nana: Aeeee. Você conseguiu! Parabéns.

Eu: Mas, Nana, os americanos nunca vão entender o que é quai.
Nana: Tudo bem, mamãe. Acho que será bem difícil alguém entender alguma coisa. O inglês dele é o mesmo quando ele era pequeno e falava, falava e ninguém entendia nada. Então, deixe-o pensar que conseguiu.

E nesta horas a minha vontade de tai, quai, cri, tri.......  como era mesmo?!?!?!?


terça-feira, 1 de março de 2016

A família Beisebolística, meu enorme OBRIGADO!!!!

Quando lançamos a Campanha dos Biscoitos Camelo, Mamãe?!?
Pensávamos que atingiríamos apenas os amigos e a família.

Mas, para nossa surpresa, a campanha se multiplicou.
A família ajudou
Os amigos incentivaram
E os amigos dos amigos, os conhecidos dos amigos abraçaram a causa.

E o sonho que será realizado em julho, já esta acontecendo com a ajuda de todos. 

Estamos tendo apoio de muita gente para esta Campanha.
Amigos, conhecidos, simpatizantes e principalmente da família beisebolística.

O beisebol não é apenas um esporte.
É uma família que se forma.
Um ajudando o outro.
E formando uma grande corrente.
Não tenho palavras para agradecer o carinho de todos.

E na semana passada tivemos uma grande surpresa.
O Gabriel foi convidado para participar da abertura do Campeonato Paulista.
Ele e juntamente com Sr Hiraoka, arremessariam a bolinha inaugural do torneio.

O Gabriel não tinha noção do que era.
Mostramos diversos vídeos para ele.
Tentando explicar o que era de fato.
Que o lançamento não era um simples arremesso.
Era uma forma de homenagear as pessoas que tinham uma história de vida.

Começou a ficar nervoso.
Pois, todos estariam olhando para ele.
Pediu ajuda para o seu amigão.
E o seu amigão prontamente deu uma palavra de conforto e incentivo.

E no grande dia aconteceu de tudo.
Dor de barriga, chuva e nervosismo.
Mas, o Sensei Tatsumi estava lá.
O Sensei Tati que fez o Gabriel gostar de beisebol.
Que convenceu que ele era capaz e que sempre acreditou nele.

Então, foi fácil entrar em campo e arremessar a bolinha.
Pois, o Sensei estaria do outro lado apoiando.
Não foi um arremesso perfeito.
Mas, foi um arremesso de muito sonhos.

Sonhos que esta virando realidade.
Sonhos que virão

Sonhos de um garotinho que recebeu toda energia positiva neste torneio.