sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

2º Torneio Camelo, Mamãe?! - #tenYearsChallenge


Eu sempre acompanho as modinhas das redes sociais.
E quis participar da brincadeira do desafio dos dez anos.

Procurando as fotos do passado.
Eu deparo em "trocentas".
E percebo que a gente tira foto demais e nem tem noção disso....rs

E comecei a notar que as fotos entre o ano de 2007 e 2008,
O Gabriel sempre esta com o olhar triste, vazio e sem o sorrisão.
Foi a época que descobrimos que ele tinha DPAC.
Dias difíceis
Engordou 10 kilos em 6 meses.
Chorava muito.
Se jogava no chão.
Não tinha amigos
E não queria ir para escola.

Não tínhamos muita noção de como ajudá-lo.
DPAC era um bicho de 7 cabeças.
Não entendiamos que ele não entendia.
Não fazia sentido escutar e não compreender.

Sem saber o que fazer, o tio Luiz disse:
- Leva este menino no beisebol.
- Ele fará amigos.
- Será bom para ele.

E lá fomos nós,
A família toda em busca de uma esperança.
E de trazer a alegria no rosto do Gabriel.

E não é que o esporte promoveu a inclusão social.
Gabriel melhorou a sua auto estima,
A sua coordenação
E, principalmente, voltou o sorriso no rosto.

Este desafio dos 10 anos, nos mostra que dias melhores sempre virão.


E para comemorar tudo isso, para divulgar o DPAC e também o esporte que tanto ajudou o Gabriel, realizaremos o 2º Torneio Camelo, Mamãe.

Acontecerá nos dias 09 e 10 de fevereiro, no Gecebs, na cidade de Arujá.

Venham participar.
Traga a sua família, a alegria e o seu abraço.
Não precisa saber jogar, é só vir se divertir.

Para maiores informações entre em contato:

Herbert Higashi: 11 99418-9833
herberthigashi01@gmail.com

Cristhiane Higashi: 11 99418-7281
akiehigashi@gmail.com

Estamos aguardando todos


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Meu Pudim de limão


Nestes ultimos dias eu vi dois filmes:
- Extraordinário
- Atipycal 2

Os dois filmes retratam: pai, mãe, filha e o filho.

Apesar das histórias retratar da dificuldade do filho.
Os filmes mostram como é o dia a dia da família.
E o que afeta em cada um com o “problema” do protagonista.

E o que sempre chama a atenção nos dois filmes é a filha.
A garota boa, compreensiva, briga, apoia, ama o irmão.

Sempre deixada de lado pelos pais.
Teve que aprender a se virar sozinha.
E de não trazer problemas para casa.
Afinal de contas, os pais já tem problemas demais para resolver.

 Tem até uma cena do filme o extraordinário que a menina fala:
- O meu irmão é o sol, e nós somos o planeta que roda em volta dele.

Perguntei para Nana:
Eu: Nana, você sente como um planeta?
Nath: Não!
Eu: Você sente de lado?
Nath: Não!

Queria que a resposta fosse verdadeira.
Mas, no fundo eu sei que não é.

O ano passado, eu dediquei um pouco mais o meu tempo com a Nana, depois que eu vi o Atipycal 1.
Igualmente ao filme extraordinário, quando acontece algo, estamos novamente rodando em volta do Gabriel.

Nana, igualmente a Via e Claire (irmãs do protagonista: extraordinário e atypical, respectivamente), elas são diferentes de outros adolescentes, tem uma força impressionate, tem ótimas sacadas, soluções e principalmente são as que salvam os pais na hora do aperto.

São doces e azedas
São fortes e frágil
Mas, são determinadas quando se exige.

Quem sabe um dia não faço um blog da Nana.
O Blog se chamaria: Meu Pudim de limão 
E o subtitulo: A garota doce e azeda só depende de você.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Você não é o único


O DPAC esta na mesma categoria de pessoas com deficiência auditiva.

Sinceramente, eu não concordo porque crianças com DPAC não tem problemas de audição e sim na compreensão das palavras que acaba afetando outras áreas cognitivas.

Enfim, o post é de hoje é para falar que eu fiquei muito emocionada da primeira dama Michele falar com a linguagem de sinais.

Pode ser uma jogada política,
Pode ser marketing,
Pode ser qualquer coisa.

Mas, para quem é diferente.
Ver alguém te representando,
É sentir acolhido,
É fazer parte de um mundo.
É se identificar.

O DPAC tem uma curiosidade.
As famílias que tem crianças com DPAC não se identificam.
Não falam.
Não comentam.

Ganhamos mais apoio das pessoas “normais”
Do que de famílias que tem crianças com dificuldades.

Pode ser por preconceito.
Pode ser por vergonha.
Pode ser porque quando se é grau leve, a “cura” vem rápido.
Enfim, quase a grande maioria preferem o anonimato.

Mas, se a gente não divulgar,
Não falar,
Como vamos ajudar?
Como se sentem estas crianças?

Gabriel: Mãe, eu não gosto que você fala sobre minha vida no blog.
Eu: Porque?
Gabriel: Porque eu não gosto de ser diferente.
Eu: Todos nós somos diferentes, você tem apenas uma forma de pensar diferente de todos nós.
Gabriel: Mas, eu não gosto. Eu sou o único assim
Eu: Não. Você não é o único. Existem um monte de crianças que tem o DPAC ou outras dificuldades.
Gabriel: Tem gente igual eu?
Eu: Sim. Gabriel. Tem muitas e muitas que nem sabem que tem alguma dificuldade. Por isso é muito importante a gente divulgar as informações, compartilhar as dificuldades e conquistas. Assim, o preconceito diminui. E ajudamos outras crianças a não se sentirem só.
Gabriel: Então, eu deixo você falar. Porque é muito triste ter a sensação de ser o único estranho.

E o Gabriel foi andando para o quarto.

Eu: Gabriel! Sabe o Chaves? Eu acho que ele tem DPAC também.
Gabriel: Você acha?
Eu: Sim. Vocês são muito parecidos.
Gabriel: Eu gosto dele. Mas, ninguém gosta dele.
Eu: Gostam sim. Só que brigam com ele.
Gabriel: Ninguém tem paciência com ele.
Eu: Pode ser que o escritor, criou o Chaves para falar sobre o dia a dia de uma criança que pensa diferente. Para as crianças se identificarem e não sentirem só.
Gabriel: Será que as pessoas me acham divertido igual ao Chaves?
Eu: Não sei. Mas, que todos perdem a paciência com você, pode ter certeza.
Gabriel: Verdade. Ninguém tem paciência comigo. Nem a Nana.
Eu: Tadinha da Nana. Faz tudo para você.
Gabriel: Faz. Mas, ela não tem paciência.

Quem sabe um dia o Gabriel consegue falar como realmente vê o mundo......