terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Desligar o piloto automático

Voltamos de férias.
E com a lista de material escolar nas mãos.

E até o 5º ano os livros do Gabriel sempre tinha a respostas dos exercícios e não dava para a sua irmã aproveitar.
E no começo deste ano, quando fiz uma arrumação no material escolar, eu percebi que o livro do 6º ano do Gabriel não foi escrito.

E fiquei super feliz, mas o mesmo tempo surpresa.
Eu estudei o ano inteiro com o Gabriel.
E nunca tinha percebido deste detalhe.
Como pode isso?!?!?

A gente vive tão no automático, que não percebe pequenos detalhes.
Detalhes estes que podem fazer uma grande diferença.
Neste caso não precisei comprar livros para Nathalia, economizei tempo e dinheiro.

Eu voltei a pensar: Será que se tivesse diagnosticado o Gabriel com DPAC aos 4 anos, ele teria sofrido menos? Ele teria um aprendizado mais rápido?

Fazemos tanta coisa no automático que não percebemos de detalhes que mudaria todo um destino.
Se eu tivesse percebido que o Gabriel não entendia o que eu falava, que ele não compreendia, tinha o poupado com certeza de muitas coisas.

Era tão obvio: se a pessoa escuta, logo entende.
Tinha certeza que o Gabriel entendia o que eu falava.
E que toda vez que ele fazia birra, brigava, gritava, chorava, bagunçava com certeza era porque ele era teimoso e imaturo.
Mas, no caso do Gabriel não era assim, e não parei, não desliguei o piloto automático e não percebi que ele não entendia nada.

Precisamos aprender a não viver no automático.
Temos que ter mais tempo para parar e aproveitar todos detalhes.
E esta é a meta minha para 2014: desligar o piloto automático.

Feliz 2014 para todos!!!

2 comentários:

  1. Se te serve de consolo, eles só dão o diagnóstico final com a idade de 8 anos mesmo. Antes disso eles falam que a criança pode mudar. Meu filho fez fono desde os 4 anos por trocar todas as letras, mas mesmo assim nunca tocaram no assunto de eu fazer o exame de processamento auditivo. Uma fono deu alta pra ele dizendo que ele é que não tinha interesse de melhorar. E assim eu fui batendo cabeça e ouvindo que ele não tinha limites e que era culpa dos pais até que com 8 anos apareceu uma fono que me indicou o exame, e mesmo assim pouca coisa mudou. Elizabeth mãe do Egon.

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  2. Oi, Elizabeth. Sim. Serve muito de consolo sim. Porque mãe sempre se sente culpada de tudo, né? E que triste ouvir que uma fono disse que o Egon não tinha interesse em melhorar. Eu fico com muita raiva quando escuto isso. Graças a Deus, que você encontrou outra profissional que te ajudou e deu um novo rumo. A luta é lenta, mas aos poucos eles vão aprendendo a encontrar o caminho do som. Obrigada pela força. beijos Cris

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