Gabriel, o que você vai ser quando crescer?

Jogador de beisebol, igual ao meu amigo Daniel.

Em um post (próximo voo) anterior, o Gabriel disse que o beisebol era a unica coisa que ele sabia fazer.

Então, eu combinei com ele da gente conhecer as outras possibilidades e com certeza encontrariamos uma coisa que ele adoraria.

E neste ano, colocamos no curso de programação.

Procuramos pelo google e achamos um curso interessante voltado para crianças.

Ficamos em dúvida se ele acompanharia o grupo ou não.

E fomos conhecer a escola .

E eles explicaram que o primeiro módulo, a programação é feito por blocos coloridos, que a criança vai montando de acordo com a programação.

E pensei: ok, o Gabriel é bem visual, acredito que ele acompanhará o grupo.

E lá foi o Gabriel para sua primeira aula.

Assim que chegou, eu perguntei:

Eu: E aí Gabriel? Você gostou?

Gabriel: Sim.

Eu: E o que você fez?

Gabriel: Eu joguei.

Eu: Jogou?

Gabriel: Sim.

Eu: Você não fez nada diferente?

Gabriel: Não, só joguei.

Pensei, pensei e pensei.

Acho que o primeiro dia deve ser descontraido para não assustar as crianças.

E lá foi o segundo dia, o terceiro, o quarto e toda vez a mesma resposta:

Eu: Gabriel, o que você fez hoje?

Gabriel: Eu joguei. Só jogo mãe. É muito legal.

Eu: Mas, você não faz nada diferente?

Gabriel: Não, só fico jogando.

Eu não me aguentei e fui perguntar para o professor como era o Gabriel em sala de aula.

Ele disse que o Gabriel é bem participativo.
Erra algumas vezes, mas a lógica ele consegue entender.

Eu: Mas, ele disse que só joga?

Professor: Eu não sabia que ele via a programação assim.

Bom, para o Gabriel o curso de programação é um grande jogo.

Ele não tem a compreensão que esta programando.

Para ele é uma diversão.

Não sei se é bom ou ruim.
Não sei se esta entendendo.

Mas, o importante é que esta gostando.